Um dos destinos estrelados do Paraná
| Trem passa por penhascos na Serra do Mar. |
Morretes (PR) é uma cidade litorânea e histórica do Paraná, famosa por seus casarios coloniais à beira do rio Nhundiaquara, além da degustação do barreado, prato típico local. Mas não é somente a cidade que chama atenção ao conhecê-la. Parte de Curitiba diariamente um trem com destino a cidade, preservando o percurso dos primeiros desbravadores de estradas de ferro no Brasil. Conhecer Morretes e chegar até ela de trem é um dos passeios cinco estrelas do sul do Brasil.
O trem parte diariamente da rodoferroviária de Curitiba por volta das 8h 15 e vai lentamente passando pela zona urbana até chegar à mata de araucária, árvore símbolo do Paraná. Curitiba fica para traz e um Paraná rural dá às boas-vindas aos passageiros da linha turística Serra Verde Express. Pinheiros, araucáriad, fazendas de criação de gado, vastos campos e pequenas cidades, como Pinhais e Piraquara, além de sítios e nascentes de rio dão o tom inicial da viagem.
| Rua turística em Morretes |
Para entrar no clima é uma boa pedida solicitar chá mate ao serviço de bordo, até porque a estrada de ferro de 110km de extensão, inaugurada em 1885, foi construída na Serra do Mar para escoar a produção da erva. O trajeto é composto por três trechos: Paranaguá-Morretes, Morretes- Túnel 13 e Túnel 13-Curitiba.
A vegetação campestre fica no início da viagem, quando a locomotiva inicia entradas e saídas de túneis, em meio a uma das principais florestas de mata atlântica do país. Podem ser fotografados corredeiras, cachoeiras, montanhas à beira de pontes metálicas e penhascos a uma altitude de mais de 50m do nível do mar.
Pontos de interesses - No percurso é interessante observar as ruínas de estações, as casas dos operários da época da construção, até mesmo um complexo de casas, clube e infraestrutrura do século XIX tomada pelo mato e por pichações. Diante dos olhos resta curtir a história do Brasil e apreciar também belas paisagens.
| Rio Nhundiaquara e seus casarões |
A represa Caiguava é a primeira atração, seguida mais adiante da represa do rio Ipiranga, da cachoeira Véu de Noiva, do santuário do Cadeado e da ponte São João, com 55 metros de altura, de onde se têm uma vista da região de Paranaguá e Morretes, além do viaduto do Carvalho, onde a passagem por esse trecho provoca a sensação de estar suspenso tamanho o abismo.
Vale lembrar que durante a semana o trem para em diversas bifurcações por conta da prioridade da passagem dos trens de carga. O trajeto que era para ser feito em 3h30 chega aganha mais 1h, porém o período a mais é compensado com a vista de encher os olhos quando chega no Parque Estadual do Marumbi.
Por mais 40 minutos a partir dali, o trem desce a Serra do Mar até chegar à cidade de Morretes. Na estação, o visitante é recebido por locais que vendem os famosos chips de banana com canela e açúcar ou salgada, além de biscoitos, mel e diversas guloseimas.
| Beira-rio em Morretes |
Morretes - Os restaurantes da cidade esperam com um bom e tradicional barreado, prato típico da região. Após o almoço, a dica é flanar entre casarios coloniais e lojinhas de artesanato, até chegar à igreja Matriz de Nossa Senhora do Porto. Curta a paisagem da rua das Flores até chegar ao marco zero da cidade, onde se tem uma bela vista dos principais restaurantes e pousadas à beira-rio. Não deixe de clicar a famosa ponte velha com mais de 100 anos e cenário para a novela da Rede Globo, O Astro. O momento é de contemplação. Caso queira estender um pouco mais na região, siga com destino a Antonina, cidade a poucos 35km de Morretes, fundada em 1714, e que preserva um centrinho histórico bem interessante, além de ser região portuária. Veja o talho da carne, a farmácia museu, o teatro municipal, além do conjunto arquitetônico e mirante da igreja.
O passeio é uma agradável surpresa. Melhor ainda quando o retorno a Curitiba é feito pela estrada turística da Graciosa, Caso seja em dia de forte neblina, a vista é prejudicada. Em dia de sol a estrada proporciona vista de penhascos, de montanhas e montes, com uma boa infraestrutura de mirantes e lojinhas. Morretes e Antonina agradam os visitantes mais exigentes.
| Casarões hoje restaurantes |
Dicas de viagem
- Procure fazer o passeio de trem Curitiba- Morrentes em dias de sol e sentar do lado esquerdo do vagão, onde se concentram as principais atrações da estrada de ferro.
- É possível descer na estação do Parque Estadual do Marumbi, onde o visitante poderá percorrer trilhas, corredeiras, escalada de paredões, ou seja, ecoturismo e de aventura. Consulte uma agência de viagem para incluir no roteiro a descida do trem e como poderá ser acompanhado por guias.
- O trem parte da rodoferroviária de Curitiba às 8h15, impreterivelmente, e possui os vagões executivo, turístico e econômico. A diferença entre os três é o preço, o serviço de bordo e a presença do guia. No econômico não possui nenhum serviço. O retorno de trem acontece às 15h da estação de Morretes.
Trem turístico percorre estrada histórica no Sul do país Quem não quiser voltar de trem tem a opção do retorno de ônibus, que é mais rápido (1h20min- Morretes x Curitiba)pela auto-estrada. Há também disponibilidade de retorno pela estrada da Graciosa, mais interessante e bonito (1h40min -Morretesx Curitiba). A dica é comprar a passagem do ônibus de volta na Viação Graciosa, que fica na rodoferroviária de Curitiba.- Para um passeio mais completo e cômodo, o turista poderá comprar um pacote com trem + almoço + city tour Morretes e Antonina + volta de vanpela estrada da Graciosa + transfer hotel. O preço intermediário do pacote no vagão turístico é de R$ 220.
- Nos finais de semana parte de Curitiba um trem de luxo, estiloLitorina. Há também disponibilidade de pacotes.
Janelas de Morretes Consulte o restaurante antes de fechar o pacote contendo almoço. A melhor pedida da região é conhecer o barreado. Não espere muito dos frutos do mar.- Um bate e volta de Curitiba é suficiente, mas para quem gosta de ficar à vontade sem pensar no tempo de retorno, em Morretes há uma boa infraestrutura de pousadas, bem como grandes restaurantes no estilo “o maior do mundo” e outros mais aconchegantes que servem o barreado ao preço médio de R$ 40.
Gastroterapia
O barreado é um prato simples de origem açoriana com rituais de preparo de mais de 300 anos. A origem é atribuída aos portugueses que vieram para o litoral do Paraná no século XVIII. O prato consiste em um ou mais tipos de carne bovina de segunda e magra, como a paleta, a maminha e o patinho, temperados com cebola, alho, toucinho de porco, pimenta-do-reino, muito louro e cominho, cozida por mais de 15h até quase que desmanchar. A carne é servida em panelinhas com o caldo e o próprio consumidor prepara a mistura acrescentando a farinha de mandioca. A mistura de consistência de um pirão é servida com arroz branco e banana da terra fatiada.
Fotos: Sílvio Oliveira/Fonte:Infonet.com.br
Fotos: Sílvio Oliveira/Fonte:Infonet.com.br
















!["CHILENOS NO POVOADO DO CANDONGA - MORRETES (PR) (Por @[100001313648822:2048:Anecy Oncken])
Na última sexta-feira, o Povoado do Candonga recebeu a visita de vários chilenos, num total de 30 pessoas da comunidade rural de Panguipulli (uma cidade na província de Valdívia, no sul do Chile, administrada pela Prefeitura Municipal de Panguipulli. A cidade é conhecida por sua beleza natural e é chamada de "Cidade das Rosas". A maior parte do município encontra-se em montanhas e vales. Os primeiros habitantes de Panguipulli registrados pela primeira vez eram indígenas mapuches que viviam ao longo das margens dos principais rios e lagos da região.
A primeira menção de Panguipulli foi em 1776), mais 5 pesquisadores, inclusive o Christian, da Universidade Austral do Chile (A Universidade Austral de Chile é uma das mais importantes instituições do investigação chilenas e a mais antiga ao sul do Chile, tendo sido fundada em 1954. Suas unidades de ensino estão distribuídas nas comunas de Valdívia e Puerto Montt) e claro, os 4 motoristas. Eles vieram numa Missão Tecnológica da Universidade Austral, para participarem de um centro de estudo ambiental no Brasil, mais precisamente, no Povoado do Candonga, Rio Sagrado, Morretes.
Em setembro de 2009 algumas pessoas do Candonga também foram numa missão, cada uma representando sua profissão, eu como representante da Educação da Zona Rural, para o Chile, coordenada pelo estudante de mestrado, Christian.
Só que rever o Christian foi emocionante. A bem, da verdade ele queria ter reunido todas nós, que participamos da viagem de 2009, mas foi impossível, mesmo assim estiveram a “mãe” da turma, Antônia, Angélica, Sueli e eu.
O ônibus chegou ao Candonga, estacionou perto da Cozinha Comunitária e de lá eles iriam para a pousada da Leila, o Darcy “Raposão” levou-os na camioneta. Foi bem interessante ver que todos subiram na carroceria com a maior alegria. Teve que fazer duas viagens.
Antônia levou a maioria deles para conhecerem o Posto de Saúde. E com que orgulho ela explicava que mais parecia uma "mini-clínica". Só não os levei na Escola do Candonga, porque Christian estava com pressa. Aliás, excursão é assim mesmo, tudo cronometrado.
Conversei bastante com os pesquisadores, Rodrigo Cuevas, arquiteto, com Guilhermo Pacheco Habert, coordenador da pesquisa e com Michel Faurand, verdadeira troca de experiência. Ah, a simpática Nolasca também estava lá para recepcioná-los. Eu fiquei tão feliz em estar presente, que parecia que os conhecia há muito tempo e como já falei, o Candonga tem um imã que atrai chilenos e em todas as visitas a Antônia está sempre pronta para acolhê-los e muitas vezes, até hospedá-los. Pena que fiquei pouco tempo, pois tinha que retornar ao meu trabalho."](https://scontent-gru.xx.fbcdn.net/hphotos-xpa1/v/t1.0-9/p526x296/11081346_865513156823193_399563478220780743_n.jpg?oh=247013f7fef726fbc2632deb3b3738f7&oe=55AE696E)