Jazz, comida e tempo bom atraem milhares a Morretes
O Nhundiaquara Jazz Festival tornou a cidade um palco ao ar livre neste fim de semana; pelo menos 12 mil pessoas lotaram o centro histórico para ouvir boa música
Ao som do jazz, milhares de pessoas lotaram o centro histórico de Morretes, neste sábado (23) e domingo (24). A música transformou a cidade em um palco ao ar livre, e famílias com crianças e jovens aproveitaram o dia ensolarado e quente para acompanhar os shows da 1.ª edição do Nhundiaquara Jazz Festival. O evento contou também com uma feirinha gastronômica com dezenas de opções de comida e food trucks. Segundo a prefeitura, o festival recebeu entre 12 e 15 mil pessoas, a maioria vindo de Curitiba, nos dois dias.
A programação era gratuita e contou com 14 shows nos dois palcos que foram montados no chamado Corredor do Jazz, às margens do rio Nhundiaquara. Ao todo, 76 músicos de bandas nacionais e internacionais se exibiram durante o festival. No sábado, a banda alemã Trio Elf (piano, baixo e bateria) utilizou os sons da dance music como base para improvisação e fez o público vibrar. No domingo, a atração principal foi Renato Borghetti, que se exibiu com seu quarteto de Porto Alegre.
“O festival de Paraty serviu de inspiração para o nosso festival”, explicou Edmilson Lacerda, coordenador executivo do evento. “Morretes, que já possui uma vocação turística e gastronômica, nos pareceu o cenário perfeito para este tipo de evento no nosso litoral”, destacou. Neste domingo (24), contudo, a programação sofreu um atraso de cerca de uma hora por causa da passagem de som das bandas.
“Hoje nada de barreado, viemos para fazer um programa diferente: acompanhar o festival e comer alguma coisa nas barraquinhas”, disse o engenheiro civil de Curitiba Matheus Rauen, que desceu a serra em companhia da esposa e dos dois filhos, de 2 e 4 anos. No domingo, o público começou a lotar o centro histórico por volta do meio-dia. Uma hora depois, a fila de espera nos restaurantes variava entre 30 minutos e uma hora, um tempo superior ao registrado em fins de semanas normais.
A situação nas barraquinhas e nos food trucks era mais tranquila e não havia fila para pegar comida. O público podia escolher entre diversas opções, desde sanduíches a hambúrgueres, cervejas artesanais, pierogi, petiscos como bolinhos de bacalhau e porção de camarões, e sobremesas, a preço entre R$ 10 e R$ 20. Muitas pessoas aproveitaram do calor para comer e relaxar na grama ou nas mesinhas na beira do rio.
“A nossa cidade precisa de mais eventos como este”, afirmou a ambulante Iara Nogueira que, no sábado, trabalhou até as 21h servindo pastel e outros lanches. “Vendi o triplo de bolinhos de aipim que o normal e cerca de 40 kg de massa de pastel, geralmente num sábado normal vendo entre 25 e 30 kg”, disse. O movimento foi grande também nos hotéis. A pousada Bela Morretes, localizada no centro da cidade, teve 60% dos quartos reservados para o fim de semana. “Muita gente reservou com uma semana de antecedência, mas tivemos reservas também de última hora, na sexta à noite e no sábado”, explicou o proprietário José Chakar.
No sábado, as vendas nos food trucks ficaram aquém do esperado pelos comerciantes. Só no final da tarde e à noite, a movimentação aumentou. “Ontem [sábado] foi abaixo da expectativa, mas para ter um balanço vamos ver como será o movimento neste domingo”, afirmou Rosilda Snakevicz, do Pierogi do Miro.
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