sexta-feira, 12 de junho de 2015

Jornal Hoje (Globo) destaca Morretes em Rede Nacional

Passeio em Morretes (PR) mistura aventura, relaxamento e gastronomia

A repórter Michelle Rincon saiu de Natal e viajou mais de três mil quilômetros.
Ela fez passeios por lindas paisagens e provou o prato típico da região.

Michelle RinconMorretes, PR
A repórter Michelle Rincon saiu de Natal, no Rio Grande do Norte, e viajou mais de três mil quilômetros para Morretes, no interior do Paraná. Confira como foi o passeio:
“Eu saí de Natal, a cidade do sol, no nível do mar, para uma das capitais mais frias do país: Curitiba. E eu não perdi tempo não. Mesmo depois de cinco horas de viagem fui logo pedindo pro taxista dar uma paradinha no jardim botânico. Ele é mesmo lindo com aquela estufa de vidro que mais parece um palácio.
No dia seguinte, pé na estrada, na verdade, nos trilhos. Eu estava ansiosa pra conhecer o Paraná. E eu não sou a única estreante aqui não. Essas jovens senhoras, 104 meninas, vão me acompanhar, pelo menos, em parte dessa viagem. ‘Nós fazemos parte de um grupo da terceira idade e elas tinham o sonho de descer de trenzinho, então estamos realizando esse sonho’, conta a aposentada Irene Ruane Montini.
‘Essa estrada de ferro tem mais de 128 anos de existência, é numa área preservada da Mata Atlântica, muita natureza. Nossos passageiros de viagens vão encontrar entre túneis, pontes e cachoeiras, paisagens deslumbrantes numa viagem que dura aproximadamente três horas’, explica o gerente da linha férrea, Rogério Duarte.
Então vamos nessa! O passeio de trem é bom para todas as idades. São 953 metros de altitude do nível do mar. E aqui tem estrangeiro também. A Mary veio do Canadá para participar de uma competição de karatê e disse que está no Brasil pela primeira vez e que está sendo maravilhoso porque tem pessoas amáveis e muita beleza.
Aqui eu acabei descobrindo que essas árvores grandonas, as araucárias, são um dos símbolos do Paraná e estão até na bandeira do estado. A natureza aqui é privilegiada e muito preservada. No começo do caminho, saindo da cidade, vegetação rasteira, mas com uma hora de viagem já estamos no meio da mata fechada.
Esse é um dos trechos mais impressionantes do passeio. A gente está passando pelo viaduto do Carvalho e tem a sensação que o trem saiu dos trilhos e que começou a voar. Isso por causa da curva de 45 graus e da altura, são mais de 50 metros de despenhadeiro.
A gente desceu na estação Marumbi, onde muitas pessoas também aproveitam para descer e praticar o montanhismo, já que esse é considerado o berço do montanhismo brasileiro. Mas a gente vai no sentido contrário, pegar um jipe para fazer uma trilha rumo a Morretes.
As pedras são escorregadias. Aqui precisei de um apoio para descer em segurança. Idosos, crianças e pessoas com dificuldades de locomoção devem evitar esse caminho por onde passam, inclusive, animais selvagens... Mas isso não é comum, pelo que contam na região e o que salta mesmo aos olhos é o colorido das flores como as orquídeas e o som dos pássaros e da água que desce a montanha e corta o caminho.
O resto da trilha, 18 quilômetros serra abaixo, a gente percorreu de jipe. E a essa altura, a fome já bateu! Aí não tem saída, quem chega em Morretes tem que provar o prato típico: o barreado, que custa, em média, R$ 45 por pessoa. ‘O barreado é uma carne, cozida em uma panela de barro, com tempero, uma carne do dianteiro do boi, uma paleta, um músculo, uma carne meio dura. Fica horas cozinhando no vapor’, explica o garçom Willian.
A sugestão é comer o barreado com farinha de mandioca e olha só como ele testa o ponto do barreado: virando o prato na cabeça do cliente. E nada cai! “É muito gostoso. Quando ele botou assim pra ver se caía, deu um desespero. Mas é bem gostoso mesmo, a carne bem molinha, bem bom”, diz a advogada Marina Gabriela Pontes.
Algumas coisas chamam a atenção aqui em Morretes. Primeiro, essa temperatura mais agradável, diferente lá de Curitiba, que tem um frio característico. Aqui, a temperatura é bem mais amena. E outra coisa são as casas, as construções portuguesas que são encantadoras. Aquele ali foi o segundo prédio construído na cidade, o único que ainda resiste e hoje sedia uma pousada.
Tem também o lugar que funcionou o telégrafo, que ajudava na comunicação, principalmente durante os ciclos do ouro, da erva mate e da cana de açúcar, tempos áureos e movimentados na economia local. Hoje a agricultura e o turismo são as principais fontes de renda dos pouco mais de 15 mil habitantes de Morretes. A cidade inspira tranquilidade e o ecoturismo, com doses de aventura está crescendo.
A nossa pedida foi descer o Rio Nhundiaquara de bóia. Vesti colete salva-vidas, capacete, peguei a bóia e me juntei à turma numa caminhada até o local da descida. É uma ‘pernada’, como dizem aqui. O passeio alterna um pouco de emoção com relaxamento, o que também pode ser encontrado no passeio de caiaque. É bom fazer a descida do rio em duplas para não cansar tanto. Um fim de tarde para curtir a beleza da Mata Atlântica e recarregar as energias antes de retomar à rotina”.

Receita de barreado
Para quem ficou com água na boca depois de ver a experiência da Michelle ao experimentar o barreado, segue a receita do prato típico do Paraná, que serve três pessoas:
Ingredientes:
1,4kg de acém ou músculo bovino cortado em cubos
400g de cebola picada
100g de bacon picado
20g de alho
2g de cominho em pó
2g de pimenta do reino em pó
2g de coentro em grão torrado e moído (opcional)
4g de folha de louro
10g de sal
Modo de preparo:
Em uma panela, frite o bacon com um pouco de óleo para não grudar. Quando o bacon estiver dourado, acrescente os dentes de alho inteiro e aguarde até que fiquem dourados também. Reserve e, depois de frio, triture a mistura.
No liquidificador, bata as cebolas com um pouco de água até virar um suco. Reserve. Depois, na panela de pressão, coloque a carne, o suco de cebola, os temperos e a mistura de bacon com alho triturado. Cubra com água até um palmo acima da carne. Feche a panela e, depois que começar a pressão, conte 20 minutos. Abra para ver se a carne se desmancha ou desfia facilmente com o garfo. Se não, coloque mais um tempo sob pressão. Depois de pronto o barreado, mantenha na panela, tampada, até o dia seguinte.
Na receita original, a carne é cozida na panela de alumínio e lacrada com uma espécie de massa feita com uma parte de farinha de trigo para três partes de farinha de mandioca e um pouco d'água pra dar a liga. Use essa massa para vedar a lateral da tampa da panela e coloque algo pesado em cima da tampa para que ela não abra quando ferver. Assim que ferver, um pouco de vapor deve subir pela lateral da tampa e abrir rachaduras na massa que estava vedando a panela. Isso é normal e esperado.
Fonte: Jornal Hoje (Rede Globo)

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Gazeta do Povo destaca Morretes: trem, trekking e helicóptero

      Programa pela Serra do Mar do Paraná leva o turismo de aventura para a região. 
      Pacote inclui percurso na Mata Atlântica, pernoite e sobrevoos

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Nos trechos de penhasco, quando o trem parece voar sobre os morros cobertos pela Mata Atlântica, câmeras fotográficas e filmadoras ganham as janelas. (Fotos: Henry Milléo)
São quase oito horas da manhã quando o sino toca na estação rodoferroviária de Curitiba avisando os passageiros que chegou o momento do embarque no trem que liga a cidade à charmosa Morretes. É um som solitário que sobressai ao burburinho das vozes dos turistas e traz sensação de nostalgia. Lembra as histórias que avós contavam na época em que as composições férreas cortavam o estado encurtando a distância entre famílias, casais apaixonados e promessas de negócios entre o interior e a capital. Também no momento da partida o sino toca e o som vai se esvaecendo à medida que os vagões se deslocam rumo à Serra do Mar.
Mas não será um passeio tradicional pelo segundo destino turístico mais procurado do Paraná (ficando atrás apenas das Cataratas de Foz do Iguaçu). Vamos iniciar o programa do pacote Morretes Aventura, oferecido pela Serra Verde Express, e que inclui, além da viagem de trem, pernoite em pousada, passeios por trilhas, canoagem, cicloturismo e até um voo de helicóptero (opcional) por uma das regiões mais exuberantes do estado.
Joia da engenharia
No interior dos vagões, durante a viagem a Morretes, as conversas giram em torno das expectativas do trajeto. Muitos dos que estão ali ocupando os assentos de uma das quatro classes não são passageiros de primeira viagem. Fizeram o passeio uma vez e voltaram, trazendo familiares, amigos e filhos.
Quando o trem inicia o serpenteio em meio à exuberante paisagem da Serra do Mar, a admiração dos passageiros ganha voz em expressões como “magnífico”, “maravilhoso”, “fantástico”. Um senhor gaúcho que viaja com a esposa solta um “bá”, seguido de um “estupendo de lindo”. O casal veio de Capão da Canoa para visitar o filho em Curitiba e aproveitou para fazer a viagem. A cada túnel – são 13 – ao menos um “que lindo” lhes saía pela boca.
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Turistas encantados com a paisagem única propiciada pelo passeio de trem da Serra Verde Express.
Nos trechos de penhasco, quando o trem parece voar sobre os morros cobertos pela Mata Atlântica, câmeras fotográficas, filmadoras e celulares ganham as janelas. Ninguém quer perder a oportunidade de levar para casa as imagens mais surpreendentes do passeio, repleto de joias da engenharia, como a passagem sobre o Viaduto do Carvalho, que contorna um trecho de montanha, ou a travessia do túnel Roça Nova, com 457 metros de extensão.
Trilhas & cia
O passeio – uma das 10 viagens de trem mais bonitas do mundo, segundo o jornal britânico The Guardian – pode ser incrementado com outras atividades que proporcionam uma experiência única ao itinerário. É a partir daí que começa a segunda parte do pacote Morretes Aventura. Depois de desembarcar na estação da pequena cidade, o turista pode seguir a pé por uma trilha pelo meio da mata. O trajeto é feito em um caminho calçado com pedras e tem apenas 885 metros, sem muitas dificuldades.
Durante a caminhada é possível encontrar espécies típicas da Mata Atlântica como palmitos e bromélias. Nesse passeio, o turista tem a oportunidade de apreciar com mais intensidade a paisagem que viu pela janela do trem. O fim da caminhada é na estação Engenheiro Lange, de onde a aventura continua movida a um 4×4.
Estação de Morretes: início da programação de aventura depois da viagem de trem.
Estação de Morretes: início da programação de aventura depois da viagem de trem.
Uma trilha calçada permite ao visitante apreciar a exuberância da mata, inclusive espécies típicas como palmitos e bromélias.
Uma trilha calçada permite ao visitante apreciar a exuberância da mata, inclusive espécies típicas como palmitos e bromélias.
O trecho do Jeep Tour Rural segue por 32 quilômetros em meio à mata, passando por vilarejos, rios, locais com paisagens montanhosas, engenho de cachaça, farinheira, fábrica de balas artesanais de bananas, piscinas naturais, cascata, lagos e bosque, até a localidade de Porto de Cima, em Morretes. Lá os visitantes são recepcionados no almoço com pratos típicos da culinária local, como o barreado e muitos frutos do mar. O trajeto leva aproximadamente duas horas e meia e também é de nível fácil.
À tarde, o turista pode escolher a canoagem pelo rio Nhundiaquara, com duração de três horas e nível de dificuldade leve. No trajeto de três quilômetros de descida em meio à mata ciliar preservada estão atrações como corredeiras, piscinas naturais e a beleza da fauna e flora locais. Outra possibilidade é o cicloturismo, que percorre uma distância de 32 quilômetros por uma estrada de terra em nível moderado, passando por vilarejos em meio à beleza da paisagem de Morretes.
O passeio com um jipe 4x4.
O passeio de 32 km com um jipe 4×4 em meio à mata, passando por vilarejos, rios e locais com paisagens montanhosas.
O belo cenário da charmosa ecopousada Casas di Monti.
O belo cenário da charmosa ecopousada Casas di Monti.

O melhor fica para o fim do passeio. No dia seguinte, depois de passar uma noite agradável em uma ecopousada, o turista pode fazer um vôo panorâmico de helicóptero sobre trechos de serra e as cidades históricas de Morretes e Antonina, ou ainda pode optar pelo retorno para a capital paranaense, podendo apreciar de um ângulo privilegiado o caminho que fez de trem para chegar até o paraíso que é a Serra do Mar no Paraná.
Morretes vista  durante o passeio panorâmico de helicóptero.
Morretes vista durante o passeio panorâmico de helicóptero.
Serviço
Saiba mais sobre os pacotes e os preços dos passeios opcionais: 
Pacote Morretes Aventura
Inclui: trem classe turística de Curitiba até Estação Marumbi; caminhada da Estação Marumbi até a estação Engenheiro Lange; passeio de jipe da estação Engenheiro Lange até Morretes, almoço com barreado e frutos do mar, canoagem, uma noite em apartamento duplo com café da manhã na pousada Casas Di Monte, cicloturismo e trem classe turística de Morretes para Curitiba. Valor por pessoa R$ 720.
Tarifa de trem Curitiba – Morretes
Econômico R$ 79 (criança ou adulto), turístico R$ 99 (adulto) e R$ 63 (criança), executivo R$ 144,50 (adulto) e R$ 68 (criança) e litorina de luxo R$ 296 (adulto) e R$ 225 (criança).
Opções de pacote com helicóptero
Opção 1- Ida de helicóptero e retorno de trem
Inclui: viagem de helicóptero entre Curitiba e Morretes; transfer para o centro de Morretes; almoço com barreado, peixe e camarão e retorno de trem para Curitiba em classe turística.Valor por pessoa: R$ 755 (adulto) / R$ 711 (crianças). Mínimo de três pessoas.
Opção 2- Ida de trem e retorno de helicóptero
Inclui: viagem de trem entre Curitiba e Morretes (classe turística); almoço com barreado, peixe e camarão e viagem de helicóptero para Curitiba. Valor por pessoa: R$ 775 (adulto) e R$ 723 (crianças de até 12 anos). Mínimo de três pessoas.
Opção 3- Voo panorâmico em Morretes
Inclui: passeio aéreo de 5 minutos e transfer até o local do embarque. Valor por pessoa: R$ 140 (adulto) e R$ 140 (crianças). Mínimo de três pessoas.
Opção 4- Voo panorâmico em Morretes e Antonina
Inclui: passeio aéreo com 15 minutos de duração e transfer até o local do embarque. Valor por pessoa: R$ 270 (adulto) e R$ 270 (crianças de até 12 anos). Mínimo de três pessoas.
FONTE: GAZETA DO POVO